Adeus Café: O Chá Natural Que Gisele Bündchen Usa Para “Limpar” Rins e Fígado

Conheça os potenciais benefícios do chá de dente‑de‑leão para fígado e rins, com respaldo científico, modo de preparo e cuidados.
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Por: Eloisa da Silva

Você talvez já tenha visto em redes sociais ou revistas que celebridades como Gisele Bündchen recorrem ao chá de dente‑de‑leão como “detox natural” para o corpo, especialmente rins e fígado. Mas será que esse hábito é só tendência ou tem fundamento nos estudos? Neste artigo, vamos explorar os segredos do dente‑de‑leão, o que a ciência confirma (e o que ainda não) e como usar essa erva com segurança.

O que é dente‑de‑leão e como ele é usado tradicionalmente

O dente‑de‑leão (Taraxacum officinale) é uma planta comumente vista em jardins e gramados. Apesar de considerada “erva daninha” por muitos, ela tem longa história de uso medicinal em várias culturas. Todas as partes da planta, folhas, flores e raízes, são aproveitadas para chás, infusões e tinturas. 

Na medicina tradicional, o dente‑de‑leão é usado para:

  • estimular a função hepática e biliar
  • auxiliar a eliminação de líquidos e toxinas pelos rins
  • tratar problemas digestivos leves
  • depurar o sangue ou atuar como “purificador” orgânico

Essa reputação de “limpeza natural” é o que sustenta sua fama como substituto do café e apoio ao metabolismo corporal.

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O que a ciência mostra (até agora)

Efeitos no fígado

Estudos pré-clínicos (em animais) mostram resultados promissores para o dente‑de‑leão no fígado:

  • Proteção contra inflamação e estresse oxidativo, em modelos experimentais, extratos de raiz ajudaram a reduzir marcadores de dano hepático.
  • Prevenção de fibrose hepática induzida, em testes com toxinas, a planta atenuou a fibrose, inflamação e morte celular no tecido hepático.
  • Aumento do fluxo biliar, o dente‑de‑leão tem sido descrito como um agente colagogo (estimula a bile), o que favorece a digestão de gorduras e o funcionamento do fígado.

Embora os resultados sejam animadores, é fundamental destacar que a maioria das evidências ainda é experimental. Poucos estudos robustos testaram o dente‑de‑leão em humanos com doenças hepáticas e os resultados são inconclusivos. 

Efeitos nos rins

Também há indícios científicos de que o dente‑de‑leão pode proteger os rins:

  • Em estudo com camundongos, o extrato de folhas reduziu danos renais induzidos por um agente tóxico, modulando inflamação e marcadores de apoptose celular.
  • Sua ação diurética aumenta a produção de urina, favorece a eliminação de líquidos e pode aliviar a retenção.

Novamente, a maioria das evidências é em modelos animais ou laboratoriais, e não em humanos saudáveis ou com doenças renais crônicas.

Outros efeitos atribuídos

  • Propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e reguladoras metabólicas.
  • Potencial para auxiliar na diminuição de retenção de líquidos e sensação de inchaço, efeito atribuído à ação diurética.
  • Uso ocasional como substituto do café: a raiz torrada tem sabor amargo e pode servir como bebida “sem cafeína”.

Apesar desses indícios, não há comprovação segura de que o chá de dente-de-leão “limpa” fígado ou rins com a profundidade que às vezes se afirma nas redes sociais.

Como preparar o chá de dente‑de‑leão e usá-lo (com cautela)

Se você quiser experimentar no dia a dia, aqui vai um modo simples:

Modo de preparo

  • Utilize raiz seca ou folhas secas de dente‑de‑leão (ou frescas, se bem limpas)
  • Meça cerca de 1 a 2 colheres de chá de planta seca para cada xícara (200‑250 ml) de água
  • Leve a água à fervura, adicione a planta e deixe em infusão por 5 a 10 minutos
  • Coe e consuma o chá enquanto ainda está morno
  • Pode-se tomar 1 a 2 xícaras ao dia, de preferência entre as refeições

Cuidados e contraindicações

Embora geralmente bem tolerado, o uso do chá de dente‑de‑leão exige atenção:

  • Interações medicamentosas: Ele pode aumentar o efeito de diuréticos e interferir em medicamentos metabolizados pelo fígado.
  • Alergias: Pessoas sensíveis a plantas da família Asteraceae (margaridas, camomila, crisântemos) podem reagir com alergias.
  • Problemas biliares ou cálculos na vesícula: Por estimular a bile, pode piorar situações de obstrução ou cálculos.
  • Gravidez, lactação e crianças: O uso deve ser evitado ou feito só sob orientação médica, pois há poucos estudos nessas fases.
  • Dose excessiva: utilizar quantidades altas por períodos prolongados pode causar irritações gastrointestinais ou desequilíbrios minerais.

Conclusão

O chá de dente‑de‑leão tem uma longa tradição como “remédio natural” para fígado, rins e digestão. E a ciência vem encontrando suporte para alguns desses usos, especialmente em contextos experimentais com animais. Os efeitos hepatoprotetores, diuréticos e antioxidantes são promissores.

Porém, é importante manter os pés no chão: ainda não há provas fortes de que seja um “limpador profundo” dos órgãos em humanos saudáveis. O que pode fazer bem mesmo é servir como complemento a hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, ingestão adequada de água, sono de qualidade e movimento físico.

Foto do autor Eloisa da Silva

Eloisa da Silva | Redatora e Curadora de Conteúdo do Be Page


Sou apaixonada por plantas, viagens e fotos, amo aprender coisas novas e úteis para minha vida. Compartilho com meus seguidores minhas experiências, aprendizados e inspirações todos os dias. Amo tirar fotos e guardo todos os meus melhores momentos em minhas redes sociais. Essa sou eu, simples e verdadeira.

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