Quando a Jardinagem Deixa de Ser Terapia e Vira Pressão: O Que Fazer?
Por: Eloisa da Silva
Para muita gente, cuidar de plantas é um refúgio. Um momento só seu, de paz, silêncio e conexão com a natureza. Mas o que fazer quando essa prática tão terapêutica começa a causar mais angústia do que alegria?
A frustração com plantas é real, e atinge até mesmo quem ama jardinagem. É comum sentir culpa quando uma planta adoece ou morre, ou se cobrar por não conseguir manter tudo sempre bonito, verde e saudável.
Se você já se sentiu assim, saiba que isso é mais comum do que parece. E o mais importante: dá para transformar essa sensação em aprendizado e recomeçar com mais leveza.
Por que sentimos tanta pressão ao cuidar de plantas?
Cuidar de uma planta envolve expectativa. A gente sonha com folhas verdinhas, flores coloridas, crescimento constante. E investe tempo, energia e carinho nisso.
Quando algo sai do esperado, a decepção vem rápido. A planta amarela, seca, não cresce ou simplesmente morre. E então aparece aquela voz interna dizendo: “você errou, não cuidou direito, não é boa o bastante”.
Essa pressão pode surgir por vários motivos:
- Idealização do “jardim perfeito”
- Comparação com imagens da internet ou redes sociais
- Falta de informação sobre as necessidades reais das espécies
- Acúmulo de plantas além do que se consegue cuidar
- Cobrança pessoal em momentos de estresse ou cansaço
De repente, aquilo que era prazeroso vira uma fonte de culpa, frustração e até vergonha.
O ciclo da culpa e como ele afeta a relação com as plantas
A culpa aparece quando sentimos que falhamos. No caso da jardinagem, é comum ela vir acompanhada de autocrítica: “eu matei essa planta”, “sou desorganizada”, “não sou capaz de manter nem um vasinho vivo”.
Esses pensamentos desgastam a autoestima e podem afastar você daquilo que um dia trouxe conforto.
E o mais triste: a culpa costuma paralisar. Em vez de aprender com a perda, a pessoa desiste, evita recomeçar ou até se afasta da jardinagem.
Mas perder uma planta não define quem você é como cuidadora. Nem sempre o problema está em você — e mesmo quando está, tudo pode ser aprendizado.
Frustrações comuns que todo jardineiro vive
Mesmo quem cultiva há anos passa por momentos de perda, dúvidas e recomeço. Veja alguns exemplos que fazem parte da jornada:
- A planta estava linda e, de uma semana pra outra, começou a definhar
- Você viajou e esqueceu de pedir ajuda com as regas
- Seguiu todas as dicas, mas mesmo assim não deu certo
- Comprou uma muda em promoção que já veio comprometida
- Plantou em um vaso sem drenagem e só percebeu depois
Essas experiências são normais. E cada uma delas pode ser um ponto de partida para conhecer melhor as espécies, entender as necessidades e adaptar o cultivo à sua rotina real.
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Como transformar a frustração em aprendizado
Aceitar que nem tudo depende de você é o primeiro passo para retomar a leveza da jardinagem. Depois disso, vale adotar atitudes que ajudam a reconectar com o prazer de cultivar.
Observe com curiosidade, não com cobrança
Se uma planta não vai bem, em vez de pensar “o que eu fiz de errado?”, pergunte “o que essa planta está tentando me mostrar?”.
Comece pequeno
Se está difícil cuidar de muitas plantas, reduza. Escolha duas ou três que você gosta muito e dedique atenção a elas com mais calma.
Escolha espécies fáceis
Suculentas, jiboias, zamioculcas, espada-de-são-jorge e lírios-da-paz são resistentes e ótimas para resgatar a autoconfiança.
Dê valor às vitórias simples
Uma folha nova, uma muda enraizando, um vaso florido. Tudo isso merece ser comemorado.
Busque apoio
Conversar com outras pessoas que também cultivam plantas pode aliviar a sensação de “só eu erro”. Compartilhar dúvidas e trocas torna tudo mais leve.
Adapte a jardinagem à sua rotina, e não o contrário
Se você só tem 10 minutos por dia, tudo bem. Nem toda planta precisa de cuidados diários. O importante é criar uma prática que caiba na sua vida, sem pesar.
Quando a jardinagem deixa de ser prazerosa
Se cuidar das plantas está gerando mais ansiedade do que bem-estar, talvez seja o momento de repensar a relação com essa prática.
Você não precisa abandonar tudo, mas pode se permitir uma pausa. Tirar um tempo para observar, reorganizar, entender o que realmente funciona para você.
A jardinagem precisa ser uma aliada — não mais uma cobrança na lista de tarefas.
Cultivar deve ser um convite ao presente. E isso só acontece quando existe espaço interno para acolher o que a planta ensina: paciência, ritmo, leveza.
Considerações Finais
A frustração com plantas é uma parte natural do caminho de quem cultiva. Assim como as folhas caem para dar lugar a novas, os erros e perdas também abrem espaço para aprendizado, crescimento e recomeço.
Cuidar do verde é, acima de tudo, um exercício de escuta. Nem sempre teremos controle sobre o que vai florescer, mas sempre podemos escolher como reagir. Com mais gentileza, mais atenção e, principalmente, mais compaixão com nós mesmas.
Então, se algo não deu certo, respire. Aprenda. Recomece. Porque no mundo das plantas, cada novo broto carrega uma chance de renascimento.
Perguntas Frequentes – FAQ
1. É normal sentir culpa quando uma planta morre?
Sim. Especialmente se você colocou carinho e dedicação. Mas é importante lembrar que perdas acontecem e não definem sua capacidade como cuidadora.
2. Existe alguma planta que quase não dá trabalho?
Sim. Espécies como jiboia, zamioculca, babosa e espada-de-são-jorge são ótimas para quem busca praticidade e menos frustração.
3. Como evitar se frustrar tanto com as plantas?
Tenha expectativas realistas, conheça o básico sobre cada espécie antes de comprar e cultive dentro do que sua rotina permite.
4. Devo parar de cuidar de plantas se me sinto sobrecarregada?
Você pode fazer uma pausa ou reduzir o número de vasos. Às vezes, menos é mais. O importante é manter o prazer e não a pressão.
5. Posso recomeçar com plantas novas depois de perder várias?
Com certeza. Toda planta é uma nova oportunidade. Comece devagar, com espécies simples, e vá redescobrindo o prazer de cultivar no seu ritmo.
Oi! Eu sou o Bruno, tenho 35 anos, sou apaixonado por plantas e por tudo que elas nos proporcionam. Acredito que as plantas nos ensinam muito sobre paciência e cuidado, e eu me dedico a entender cada detalhe delas, sempre com muita curiosidade.
Como Redator-Chefe do Be Page, minha missão é garantir que todos os conteúdos reflitam a paixão e a dedicação que tenho por esse mundo verde.
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